quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Que Você quer dizer com "Ano Novo Feliz"?

Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide, o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatados do aprisco e nos currais não haja gado, todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação”. Hc 3.17-18.
Nos últimos dias a frase que mais ouvíamos é a de “feliz ano novo” e quando o assunto é a felicidade em 2011 todo mundo tem uma receita a ser seguida. Algumas pessoas na vira do ano fizeram simpatias e outras seguiram rituais diversos em busca dessa felicidade.
Inclusive nós protestantes provavelmente usamos este jargão desejando um ano de “felicidade” ou de “benção” ao nosso próximo. Mas o que seria um ano novo feliz ou abençoado? Quais os atributos que o nosso ano precisa ter para que ele seja um ano feliz? O que você tinha em mente quando desejou “feliz ano novo” a alguém?
Normalmente as pessoas entendem a felicidade como ausência de problemas e a paz como ausência de guerra. Para a maioria das pessoas, um ano novo feliz é um ano sem prejuízos financeiros, um ano sem perdas de pessoas que amamos, um ano sem enfermidade, um ano de realizações dos sonhos e dos objetivos traçados; para essas pessoas a felicidade está nas circunstâncias externas, de acordo com elas a felicidade esta ligado apenas a sentimentos puramente emocionais. Porém apesar de não ser pecado se alegrar também com essas coisas, elas se tornam um problema quando pensamos que estes bens materiais e temporais são os maiores responsáveis pela nossa felicidade.
O profeta Habacuque não pensou assim. Ele compreendia corretamente que a vida também é feita de dificuldades, por isso a satisfação completa dele estaria apenas em Deus. Em outras palavras quando tudo que sustenta a vida humana, quando toda felicidade terrena nós são tiradas, quando as dores nós sobrevém, ainda assim podemos encontrar deleite e alegria na vida, pois o nosso deleite é o Senhor.
A felicidade para o nosso ano novo só pode ser verdadeiramente encontrada em Deus, quando ansiarmos sinceramente pela sua presença, quando anelarmos a sua companhia, quando tivermos fome e sede pelo Senhor e a nossa alma desfalecer por Ele. A Felicidade do nosso ano novo esta em desfrutar, em deleitar em ter satisfação plena em Deus.
Que em 2011 você possa provar e ver que o Senhor é Bom. Que o desejo por Deus em sua vida seja tão forte que todas as outras coisas deste mundo sejam consideradas em nada por você. “Ó Deus, Tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água... porque a tua graça é melhor do que a vida, os meus lábios te louvam”. Sl. 63.1-3.
Que 2011 seja uma ano de santidade, de obediência as Escrituras, de busca por Deus, de comunhão com a igreja, de evangelização, de investimento financeiro no reino, de investimento de tempo e dons no reino, que 2011 seja um ano onde a sua felicidade e a sua alegria maior esteja em buscar o Senhor. Feliz ano novo para você!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Bendito Seja o Emanuel, o Deus Conosco.

“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)”.

O evangelista Mateus inicia o seu livro apresentando mais do que uma linhagem genealógica de Cristo, mas ele estrutura esta lista de nomes afim de estabelecer pontos vitais entre Cristo e os principais servos de Deus do Velho Testamento. Para os judeus do primeiro século a proposta de apresentar um relato do filho de Davi teria que ser autenticada, pois havia muitos impostores nesse período, homens que alegavam ser o Ungido, o Messias prometido ou o Cristo. Logo, é natural que tanto os Judeus como os primeiros cristãos que buscavam instrução na fé que professavam, teriam ficado ansiosos para terem diante deles as credenciais de Jesus Cristo.

Mateus então aproveita a oportunidade para mostrar Jesus como o cumprimento das promessas que Deus fez aos judeus como povo do pacto. Mateus descreve com muitos detalhes o nascimento de Cristo. Seguindo o costume da época, José e Maria ficaram noivos para se casarem. Ao contrario dos noivados modernos, nesse período os noivados eram entendidos como uma obrigação legal e significava que eles eram considerados marido e esposa, mesmo que não tivessem passado pela cerimônia final de casamento e não tivessem começado a viver juntos num relacionamento conjugal.

Foi durante este período de espera que a gravidez de Maria foi descoberta, uma gravidez que havia acontecido por obra “do Espírito Santo”. E é provável que em uma sociedade muito mais discreta do que a nossa Maria não tivesse tido muitas oportunidades para explicar a José o que lhe aconteceu.

Da sua parte Jose estava em um profundo dilema. Por ser um homem justo ele não concebia a idéia de dar continuidade ao casamento diante de uma situação que dava a aparência de que ele havia se envolvido em sexo ilícito com Maria, pois era isso que todo mundo iria presumir como causa de sua gravidez. Isso seria humilhante, vergonhoso e, além disso, como ele confiaria em Maria novamente? Mas José por ser um homem bondoso não queria infamar Maria, por isso ele decidiu não fazer uso dos meios legais que poderiam ter lhe concedido o divorcio, como era então chamado a quebra de um noivado. Nem tão pouco desejou apelar à pena de morte sancionado pelo Velho Testamento para tais casos. Em vez disso José decidiu fazer uso de uma brecha da lei para realizar um divórcio quieto que o liberaria de um casamento tão desonroso e ainda pouparia Maria da pior das vergonhas.

Nesse momento um anjo do Senhor, apareceu a ele em sonho e mudou a sua opinião. José foi informado que aquele que estava no ventre de Maria era o Salvador do Seu povo, o Emanuel, o Deus presente aqui. O Deus todo poderoso agora se faz carne e habita entre nós. O redentor não iria possuir simplesmente a aparência de um homem, Ele realmente seria e foi um homem com todas as propriedades essenciais de um ser humano. Em todas as coisas ele era igual a nós exceto no pecado. O redentor tinha que ter as mesmas experiências humanas, e de fato experimentou as coisas próprias de um ser humano, afim de que pudesse ser misericordioso e intercessor de todos os eleitos. O verbo se fez carne para fazer se propriciação pelos nossos pecados. Portanto, o nosso redentor era um homem real e ideal. Real por que era de carne e osso, sujeito a todas as tentações dos homens. Mas ele era também o homem ideal, santo, inculpável, separado dos pecadores, perfeito em todas as coisas. O tipo de homem que em alguma medida todos nos eleitos vamos ser após termos os nossos corpos glorificados.

Portanto, nesse período de festa natalina não podemos perder a consciência do verdadeiro sentido dessa data. Natal é a encarnação do Deus glorioso e majestoso que vem ao mundo se sacrificar por aqueles a quem o Pai decidiu salvar. Natal é Deus habitando entre nós, é Deus enxugando às nossas lagrimas para sempre, Natal é Deus comungando conosco, é Deus proporcionado em Cristo conforto e consolo para o nosso coração. Feliz Natal!