sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O Deus que prova a nossa fé nas aflições, também nos sustenta nelas.

  • A crença na soberania de Deus faz-nos concluir que a história do homem e do universo criado é primariamente a história de Deus. Ele é o Senhor que controlada e dirigida à história para o fim desejado.
  • O Deus das Escrituras está profundamente envolvido na sustentação das obras de suas mãos, Ele providencialmente cuida de sua criação e executa a sua vontade santa e perfeita em todas as situações. Não somente os eventos bons, mas até mesmo as tragédias estão sob o controle de Deus e cooperam para a sua glória.
  • Talvez voce pergunte: Como Deus pode ser glorificado com as tragédias? Deus é glorificado nas tragédias ao exercer o seu controle absoluto sobre a criação, ao evidênciar a sua justiça e juizo sobre os homens e também proporcinando provisão e consolo para os seus filhos.
  • Porem diante das tragédias faz-se necessário trazer a memoria que somos criaturas, que somos finitos, limitados e por isso não podemos dizer ao criador- O que fazês? Porque faz assim? porque não faz dessa outra forma? Temos que lembrar ainda, que não podemos conhecer de forma exaustiva a mente do Senhor Deus, pois é impossivel o finito conter o infinito. Se isso fosse possivel, logo seriamos iguais a Deus; tendo tanto conhecimento quanto o que Ele tem. Isso me ajuda a dizer: "Bem sei que tudo podes ó meu Amado e nenhum dos seus planos são frustrados . Ainda que com perdas ou com dor eu sempre seguirei a Ti Senhor".
  • No entanto, mesmo tendo esse conhecimento sobre Deus, ainda assim, diante das tragédias muitas vezes temos dificuldades de compreendermos a soberania de Deus. A verdade é que quando somos afligidos por situações semelhantes a do Haiti, do Tsunami, das inundações brasileira, das secas brasileira, a explicação de que Deus controla todas as coisas não soa muito lógica aos nossos ouvidos e nem convicente para o nosso coração. Muitas perguntas e conclusões são feitas tentando explicar ou achar explicações para a dor, para a perda, para o sofrimento. para o caos, para a tragedia. Infelizmente algumas pessoas quando confrontadas com caos acham mais fácil questionar, negar, achincalhar a soberania e o amor de Deus do que aceitar as duas realidades basicas nessa situação.
  • A primeira é que somos limitados em nosso conhecimento sobre o que Deus faz e nem sempre encontraremos respostas dentro da dimensão humana que explique as tragédias. A segunda é que Deus teve as suas razões para não impedir tamanha catástrofe. Razões essas que pertencem somente a Deus e os homens deveriam aceitar a verdade de que Deus soberanamente decidiu não impedir o acontecimento de imenso sofrimento; ainda que ele tenha poder para tal.
  • Em contrataste aos questionamentos dos homens as Escrituras nos falam de um Deus transcendente, que é Senhor, mas que ao mesmo tempo é pessoal, relacional que faz todas as coisas para sua gloria e para o bem daqueles por quem Ele tem amor e que também o ama. É crendo nisso que diante das tragédias procuramos fazer sempre uma leitura Bíblica dos fatos, com o propósito de buscar conforto para os nossos corações e consolar os corações das pessoas que estão a nossa volta. É certo que não conseguiremos jamais encontrar todas as respostas, no entanto algumas delas podem ser claramente deduzidas das Escrituras Sagradas.
  • Quando aconteceu o terremoto no Haiti houve a tentativa de associar a tragédia sofrida por este povo com a sua prática religiosa, magia negra, vudu, macumba, etc. Devemos tomar o cuidado para não sermos precipitados em nossos julgamentos. Pois em ultima instância as tragédias sempre será um misto de julgamento e misericórdia de Deus. Aqueles que não crêem em Cristo, experimentam-na como julgamento, mas os crentes experimentam-na como uma misericordiosa, embora dolorosa, preparação para a glória. Pois nós sabemos que “um só é legislador e juiz - aquele que pode salvar e fazer perecer” Tiago 4.12.
  • É fato que todos nós que habitamos neste mundo caído, sofreremos os desastres naturais, mas para aqueles que se lançam sob a misericórdia de Cristo, estas aflições estão “produzindo neles um peso eterno de glória acima de qualquer comparação” E quando a morte chegar seja de catástrofe ou não, ela sempre será vista como amiga, uma porta que nos conduzirá de volta para casa. Porém, para aqueles que não têm Cristo como seu salvador, o sofrimento e morte são sinais do julgamento de Deus.
  • A conclusão que chegamos é que Deus usa as tragédias para a sua gloria, para o bem daqueles que Ele ama e para o julgamento daqueles que Ele santamente odeia. Em outras palavras, as tragédias mostram a fragilidade humana em contraste com o controle soberano que o nosso Senhor tem sobre toda sua criação. E sendo assim, elas pedagógicamente nos ensinam que devemos nos arrepender dos nossos pecados, pois a morte nem sempre é anunciada e a qualquer momento poderemos nos encontrar com Deus e por Ele seremos julgados pela maneira como foi desenvolvida a nossa vida neste mundo.
  • Não questione aquilo que o Senhor faz, lembre-se que você é servo e criatura,e o Seu Senhor é Sabio, é Senhor, é Criador. Ele pode modelar aquilo que criou conforme lhe agrada. Logo, Ele não precisa dar satisfação a você das coisas que faz e nem precisa realizar seus planos dentro dos limites da sua compreensão dos fatos.
  • Ressalto ainda que não fomos chamados para sermos juízes nas tragédias, mas para praticarmos o amor cristão, exercendo misericórdia com os que sofrem. Por isso, se você tem condições financeiras para contribuir, contribua. Mas não se esqueça de orar, clamando a Deus misericórdia para essas pessoas. E não seja insensível com a dor do próximo, pois “o que se alegra na calamidade, não ficará impune”. Pv 17.5.
  • E se você está enfrentando momento de dor, de tristeza, de perda, sendo provado por Deus, não deixe de confiar nEle, pois Ele é socorro, conforto e consolo nas tribulações.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O Plano de Deus para os idosos.

  • “Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância.
  • Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada”. Tito 2.2-5.
  • Sabemos que boa parte da população brasileira e mundial é formada por idosos. Homens e mulheres que fazem parte daquilo que denominamos terceira idade ou como preferem alguns, melhor idade. É fato também que os idosos hoje vivem mais e melhor do que viviam no passado e a sociedade tem compreendido que a velhice não faz do homem um ser descartável e inútil, pois a velhice é mais do que enfado e cansaço. Em outras palavras, ainda existe vida, vigor, alegria e prazer para aqueles que estão envelhecendo.
  • No entanto, não há como negar que infelizmente a velhice tem o seu aspecto negativo, Eclesiastes, por exemplo, fala sobre as limitações que a velhice trás aos homens, tirando-lhes até mesmo muito dos prazeres físicos. E para agravar ainda mais este quadro, alguns idosos se tornam criaturas de hábitos não muito admiráveis, ficam mais teimosos; pensam que sabem mais do que realmente sabem, confundem idade com sabedoria, pois nem sempre a idade é sinônimo de sabedoria. E outros ainda vivem como se não precisassem se enquadrar a nenhum tipo de regras de comportamentos. Equivocadamente acham que a idade lhes dá o direito de falar e fazer o que quiserem sem a necessidade prestar contas a Deus daquilo que fazem ou de serem respeitosos, afáveis, amáveis, bem humorados e educados com o seu próximo.
  • Talvez por esta razão que constantemente ficamos sabendo de idosos que tem relacionamentos difíceis com os seus filhos, netos, parentes e até mesmo com os irmãos na fé. Quero ressaltar que não estou negando a culpabilidade dos mais jovens em muitos desses conflitos. Estou simplesmente mostrando que viver de acordo com o padrão Bíblico é uma regra para todos os homens, inclusive para aqueles que estão em uma idade mais avançada.
  • Algumas pessoas equivocadamente pensam que os idosos não podem ser exortados biblicamente, porém este não é o padrão das Escrituras. Observe que a instrução que Timóteo recebe de Paulo quanto aos idosos é que eles deveriam ser exortados com respeito, com carinho e com amor. I Tm 5
  • E agora na carta que foi endereçada a Tito, o apostolo Paulo oferece-nos algumas direções de como devem viver aqueles que estão na velhice. Ou seja, Paulo não só mostra que Deus se interessa pelos idosos, mas descreve também o plano que Deus tem para eles.
  • Positivamente a velhice era para ser um acúmulo de experiências espirituais nos fazendo verdadeiramente ricos. A velhice permite aos homens e mulheres que investem tempo em uma relação de intimidade com Deus o prazer de serem líderes, mentores, modelos e exemplos na fé para os mais jovens. Ela faz com que as pessoas tenham mais capacidade de filtrar a vida e manter aquilo que realmente é valioso. Logo, compreendemos que a velhice quando vivida em Cristo é com certeza um bom momento da vida.
  • É inquestionável a necessidade que temos de ter na igreja pessoas idosas que sejam realmente piedosas, sábias para instruir aos mais jovens mostrando-lhes o caminho da retidão, o caminho da bondade, os valores e as prioridades adequadas da vida. Assim, o envelhecimento dos cristãos é uma bênção. Mas a velhice é uma benção somente para aqueles que de fato caminham na justiça.
  • Por esta razão a instrução que recebemos da carta que foi endereçada a Tito é muito importante para a igreja. Pois não há valor em ser velho, se não for para ser piedoso. Não há valor em ser velho, se não for para ser modelo ou exemplo na fé para os mais jovens. E assim o apóstolo Paulo estabelece características bem específicas que deveriam ser evidenciadas nas pessoas mais velhas da congregação.
  • Paulo entendia que os idosos precisavam ser respeitados, porém deveriam viver em santidade de vida. De acordo com as Escrituras os idosos deveriam ser reconhecidos em sua maturidade não somente pelos cabelos brancos, mas pela sua sensatez, pela dignidade que o faz respeitável, pelo discernimento e sabedoria diante dos desafios da vida, pela boa utilização da língua, usando-a para abençoar as pessoas e não a serviço do diabo, para caluniar e fofocar.
  • Quero encerrar fazendo duas aplicações básicas: 1) Se você é jovem respeite e honre aos mais idosos, sabendo que Deus ordena e se agrada quando fazemos isso. Se você é jovem lembre-se do Senhor na sua mocidade, antes que venham os dias de limitações e cansaços. 2) Se você é idoso, submeta a sua vida à Palavra de Deus, seja exemplo de piedade, de reverência, de temor, de ética e moralidade para os mais jovens. Utilize o seu vigor para honrar e glorificar a Cristo, sendo útil na obra do Senhor.