“Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo”. Sl. 27.4
É bem verdade que se dependesse da minha experiência, eu não teria muita autoridade para falar sobre criação de filhos, tendo em vista que este é um assunto apenas teórico para mim. E reconheço que todo o meu esforço imaginário para entender a intensidade do amor paternal, não é suficiente para compreender a grandiosidade dessa relação. Uma relação de amor, que leva os pais a conduzir seus projetos de vida praticamente em função dos seus filhos.
As metas dos pais são as mais elevadas possíveis em relação a eles, desejam que tenham um bom nível de instrução, um emprego satisfatório, um casamento de muito amor e que tenham seus próprios filhos saudáveis, uma boa casa e uma vida que não seja marcada pela tragédia. Mais qual é o desejo que deveria ser central no coração dos pais em relação a cada filho? Se você pudesse desejar apenas uma coisa para o seu filho o que seria? Mais do que casas, carros, empregos e cônjuges, o que você tem procurado plantar no coração do seu filho? O ele que você tem desejado que de fato seu filho seja? E como você tem contribuído para que o coração dele esteja em todo tempo voltado para o Senhor?
Infelizmente a nossa cultura tem levado os pais a pensarem e a investirem basicamente na instrução acadêmica e na carreira dos filhos, como que se isso fosse à coisa mais elevada nessa vida, como se fosse à maior herança que eles pudessem deixar aos filhos. E tristemente quando os filhos entram na idade adulta, muitos deles deixam os lares cristãos sem ter um coração voltado para Deus. Alguns ao chegarem à mocidade até mesmo professam que são cristãos e, certamente não são ateus teóricos, contudo o ateísmo deles é pratico, porque o modo como encaram a vida é mundano e não Bíblico como é de se esperar de um crente em Cristo. Há pouca evidência de paixão por Deus em suas vidas diária e apesar de não serem completamente rebeldes em seus corações, eles estão dominados por um amor maior pelo mundo do que pelo Pai celestial. Pessoas que adoram e servem às coisas criadas e não ao Criador.
Mas porque pais crentes e tementes a Deus muitas vezes criam filhos que não amam a Deus? E o que os pais podem fazer para ensinar a seus filhos os valores absolutos das Escrituras? Eu creio que nesse sentido, as Escrituras que estão acima de nossas experiências, podem nos orientar a este respeito.
a) Primeiramente o seu filho precisa ser ensinado a reconhecer o grandioso privilegio que é nascer na família da fé. Aos pais pesa a responsabilidade de ensinar aos filhos que nascer em um lar cristão é fruto de um ato soberano e amoroso de Deus, o qual dirigiu a historia de uma forma gloriosa que nos fez conhecer a Ele a sua Palavra. “O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos”. Sl. 78.3-7.
b) O seu filho precisa ser ensinado a amar ao Senhor, diariamente através de sua presença com ele. No modelo de família atual os membros da família raramente passam tempo juntos. Os nossos lares parecem mais hotéis onde todos nós chegamos para dormir a noite; as famílias não conversam mais, as pessoas não fazem as refeições juntas, por isso, os pais precisam criar oportunidades para conversar informalmente com os filhos, sobre aquilo que é importante para eles. Você simplesmente não pode orientar pastorear, discípular ou criar filhos que amem ao Senhor, se raramente você esta perto deles. “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”. Dt 6.6-7.
c) O seu filho precisa aprender a amar ao Senhor através de um testemunho autêntico seu. Pois, os filhos cujo os pais professam com os lábios um forte compromisso com a fé, mas não vivem de forma consistente com ela, tenderam a desprezar a tal fé. Viver consistentemente com a fé não significa levar uma vida perfeita, mais significa viver de modo que revele que Deus e a Sua Palavra são as coisas mais importantes para você.
Quero concluir convidando a você que é pai, para que sonde o seu coração e perceba se você tem falhado na criação do seu filho e suplique que Deus lhe ajude a criar filhos que verdadeiramente ame a Cristo, mais do que a própria vida. E se a sua vida é uma contradição daquilo que diz o evangelho, peça perdão ao seu filho e assuma o compromisso de viver diante de Deus para que a Pessoa e a Palavra de Cristo sejam atraentes a ele.