domingo, 20 de setembro de 2009

Cristo nos conhece além das aparências

E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”.

Este texto nos mostra que é impossível viver um cristianismo de aparências e não ser conhecido por Cristo. É impossível viver um cristianismo superficial e não ser visto pelo Senhor.

Pois Cristo nos conhece além das aparências, além da capa, além da mascara, além do estereótipo, Cristo sonda e conhece em profundidade o nosso interior, por isso ele pode trazer solução e resposta para aqueles que vivem uma espiritualidade vazia, para aqueles vivem em sequidão de alma, para aqueles que se encontram desnutrido na fé, anêmicos, frágeis, desanimados.

Cristo é a reposta de Deus para a mediocridade espiritual, Cristo é a solução de Deus para a espiritualidade superficial, exatamente porque Ele nos conhece além de nossas aparências.

Nós podemos até mesmo interpretar para os homens, podemos encenar para as pessoas, podemos criar uma imagem de religiosos, podemos usar palavras e linguagem de crentes, mas Cristo vê, além disso. E algumas verdades nesse texto podem ser observadas nesse sentido.

Observemos o versículo 14, está é uma carta endereçada ao anjo da igreja, ou seja, ao pastor, ao lider da igreja de laodiceia e logo em seguida nos temos o a descrição que o apostolo João faz do remetente dessa carta, o qual se apresenta usando nomes que qualificam a Sua pessoa. O Senhor identifica-se aqui, usando três títulos. Ele se auto-denomina como “o Amém”, “a testemunha fiel e verdadeira”, “o soberano da criação de Deus”.

Quando Cristo se auto-define como o Amém, Ele esta usando um titulo exclusivo para Deus, usado apenas no livro de Isaias, quando Deus se auto descreve como "O Deus do amém", a expressão amém em hebraico, significa verdade, afirmação ou certeza. Deus se auto-denomina aqui como o Deus da verdade, o Deus da certeza. Em outras palavras tudo o que Deus diz é verdadeiro, tudo o que Deus diz é certo, portanto, Ele é o Deus do amém.

Cristo em várias vezes no Novo Testamento usa a palavra amém para afirmar uma realidade que é certa, que é confiável, que é imutável ou para confirmar a fidelidade das palavras que Ele estava dizendo. Quando Ele usa a expressão em verdade, em verdade, ou verdadeiramente, verdadeiramente vos digo; A palavra escrita ali a qual traduzimos por verdade é amém e amém. Usada nas Escrituras para afirmar a veracidade de uma declaração que estava para ser dita ou confirmar a certeza do que foi dito.

Portanto, neste texto entendemos que Cristo é o Amém, exatamente porque Ele é Deus. Ele é o Deus que se fez carne e habitou entre nós. E quando Ele escolhe u esta expressão, Ele a usa para demonstrar que Ele é o Deus de toda verdade, Ele é verdadeiro em seu julgamento, Ele é certo em suas avaliações sobre nós, Ele é verdadeiro no conhecimento das realidades que envolvem a vida dos homens. Ele é o amém exatamente porque todas as suas promessas e ameaças são verdadeiras e certas que elas se cumprirão.

Em seguida Cristo se identifica como a testemunha fiel e verdadeira. Um termo que segue a mesma linha de pensamento da palavra amém. Ele é a testemunha fiel e verdadeira. Ele é totalmente confiável. Seu testemunho jamais deixara de ser confiável.

Esta é uma excelente maneira de iniciar a carta, pois quando Cristo diz isso sobre si mesmo, Ele esta afirmando à igreja de Laodicéia que Ele sabe exatamente o que está falando. Que a sua avaliação da Igreja é absolutamente precisa, por outro lado Ele é uma testemunha fiel da maneira como aquela igreja vivia.

A outra descrição que Cristo faz sobre si mesmo é que Ele é o Deus criador. No português não ficou boa essa tradução, mas quando Ele diz que é o princípio da criação de Deus, Ele não esta dizendo que Ele foi a primeira coisa que Deus criou, exatamente porque Ele não é criado. Pelo contrario, Ele é o príncipe da criação, Ele é o Autor da criação, Ele é o soberano, Ele é o Senhor criador de todas as coisas. Portanto, a melhor tradução seria o “soberano da criação de Deus”.

Alguns estudiosos acreditam que devido à aproximação dessa igreja com a igreja de Colossenses é provável que a heresia que foi disseminada dentro da igreja dos colossenses tenha chegado até a igreja Laodicéia. Tendo em vista que elas eram próximas.

Por essa razão Cristo se apresenta como o Criador incriado. Quando Paulo escreveu a carta para os irmãos de colossos, ele enfrenta o problema da negação da divindade de Cristo. Por isso Paulo diz: "Ele é a imagem do Deus invisível, o autor de toda a criação. Por Ele todas as coisas foram criadas, nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos ou domínios ou governantes ou autoridades, todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele”. Agora no versículo 15 e 16 nos temos uma palavra de repreensão à igreja "Conheço as tuas obras que nem és frio nem quente. Gostaria que você fosse frio ou quente. Assim, porque és morno e nem frio nem quente, vou vomitar-te da minha boca." Conheço as tuas obras. Conheço-as intimamente, eu as conheço infalivelmente. Eu vejo o seu coração. Cristo usa figuras para ilustrar a sua comunicação com a igreja de Laodicéia, a primeira se refere às águas quentes que tinha em uma cidade chama Hierápolis, que ficava próximo Laodiceia e era famosa por suas nascentes de fontes de águas quentes. E essas águas térmicas eram consideradas águas de um auto-poder curativo, terapêutico. E a outra figura que Cristo usa é a referência às águas frias da cidade de Colossos, cerca de dez quilômetros de Laodiceia havia fontes de águas frias excelente para o consumo, que também eram fontes famosas e bastante conhecidas por serem águas cristalinas. Cristo usando esse exemplo para dizer aos laodicenses, vocês não estão nem quente e nem frios, vocês não são como águas quentes, terapêuticas de Hierápolis e nem não como a água cristalina, fria e refrescante de Colossos, vocês são como as águas mornas que chegam até vocês através do aqueduto subterrâneo que cortava a cidade. A água que abastecia a cidade era uma espécie de água morna, intragável segundo alguns historiadores.

Eles não estavam quentes e também não estavam frios, estavam mornos. Se por um lado eles não eram frios iguais aqueles que não conhecem o evangelho, por outro lado eles não são fervorosos, eles não estavam sendo zelosos espiritualmente, não havia no coração deles paixão, ardor para servir a Cristo. Pelo contrário, eram pessoas indiferentes, seduzidas pelo mundanismo, hipócritas, vivia um cristianismo de fingimento, dissimulado, tomado pelas debilidades de caráter, secularizado, estavam mergulhados na cultura e nos prazeres que esta vida pode oferecer.

Mas o Senhor se revela aqui como aquele que cujos olhos estão atentos, e por conhecer a vida dos homens e a sinceridade do coração dos homens, ele mesmo será o opositor, a testemunha contra daqueles que vivem na hipocrisia espiritual.

Por causa dessa superficialidade Cristo estava pronto a vomitá-los de sua boca. Uma expressão que não aparece em nenhum outro texto das Escrituras, mas que indica uma rejeição profunda de Cristo para o comportamento daquela igreja. Exatamente porque ela havia se esquecido da necessidade de viver uma vida piedosa e submissa a Cristo, uma igreja que se reunia em seus rituais semanais, mas que tinha o coração distante de Deus. Um povo que buscava Deus com os lábios, mas no seu coração não o temia, não referenciava. Não se submetia as suas ordens as suas leis, aos seus mandamentos.

Uma religiosidade, vazia, que não fazia diferença, que não confrontava a vida de pecado e nem trazia conforto aos corações deles. Sabe o que é o pior em tudo isso? As pessoas vivem assim e pensam que Deus não é capaz de conhecer o seu coração.

Aplicação: A igreja de Laodiceia havia perdido a perspectiva de Deus e por isso havia perdido o animo, a alegria, o entusiasmo em servir a Cristo.

Quando não sabemos a razão porque servimos a Cristo e não há em nosso coração fervor, temor, paixão pela pessoa de Cristo, nós precisamos clamar pela misericórdia dEle, precisamos clamar por sua graça, precisamos nos humilhar na sua presença, precisamos reconhecer o nosso pecado de negligencia e nos arrepender.

Talvez você esteja vivendo assim, diante do Senhor. Talvez o seu cristianismo seja uma mascara uma fachada, para as pessoas, muitas vezes apenas para as pessoas da igreja, porque as pessoas da família normalmente sabem a desgraça que tem em casa.

Cristo é aquele capaz de Criar, de fazer novo, de renovar a força, a alegria da salvação, Ele é capaz de salvar, se você ainda não tem certeza de sua salvação, Ele pode trazer refrigério a você, assim como refrescante eram as águas de colossos, ele pode trazer curas ao seu coração, assim como era considera curativa as águas de hierapolis.

Se você tem negligenciado uma vida de devoção e de comunhão com Cristo, se arrependa e volte.

Cristo, a Resposta de Deus para um cristianismo superficial

Quando olhamos as Escrituras é impossível não notarmos a capacidade que o livro do apocalipse tem de revelar a glória de Deus e o esplendor do Seu Cristo. Conhecer apocalipse e conhecer o Deus que esta no trono, reinando, governando, de forma gloriosa e magnífica. Cristo é descrito no livro de apocalipse como o Deus que tem nas mãos o controle da história, o domínio sobre a vida e o destino dos homens e do universo criado por Ele.

Contudo, é necessário dizer também que nenhum livro da Bíblia tem sido tão mal compreendido e mal interpretado e negligenciado como o livro de apocalipse.

O livro foi Escrito pelo apostolo João, quando este estava exilado na ilha de Patmos, é conhecido pelas suas figuras de linguagens, vista por muitos como ameaçadoras e assustadoras e por isso este é um livro temido e as vezes evitado pela maioria dos cristãos que desconhecer as verdades consoladoras que ele nos trás.

A verdade é que se criou a idéia de que o Apocalipse é um livro selado, que trata de coisas encobertas, veladas, secretas, difíceis de serem entendidas. E que tudo que ele fala é catástrofe, tragédia e caos. Na atualidade, a palavra apocalipse ficou estigmatizada com este significado.

Mas é absolutamente o contrário, Apocalipse significa revelar o que estava escondido. É trazer à luz o que está oculto. O livro do Apocalipse é um livro aberto e não selado. Ele não fala de caos, nem de catástrofe, mas do plano, do propósito, da vitória gloriosa de Cristo e da sua igreja.

João estava na ilha de Patmos quando escreveu o livro de Apocalipse. Ele estava sendo perseguido e agora exilado por proclamar o Cristo que é Senhor. A igreja Cristã também estava sob forte perseguição naquele tempo. Nesta época os Cristãos eram perseguidos por não oferecerem incensso a César e por se recusarem a dar-lhe o titulo de senhor. Quando eles diziam que Jesus é o Senhor, não davam este titulo a César eles eram executados, com os mais terríveis requintes de crueldades.

Para ser mais exato, essa perseguição teve seu inicio no dia 18 de Julho de 64, quando o Imperador Nero ateou fogo em Roma e acusou os cristãos. Após esse momento, sangrenta tentativa de acabar com os seguidores de Cristo eclodiu em toda Ásia e milhares de cristãos foram amarrados em postes e incendiados vivos para iluminar as praças e os jardins de Roma. Outros eram enrolados em peles de animais e lançados nas Arenas para que cães famintos os matassem a dentadas. E alguns ainda foram lançados no picadeiro para que touros enfurecidos os matassem pisoteados.

É neste contexto de perseguição que João escreve apocalipse, uma especie de carta circular eniada as igrejas existen­tes em sete cidades da Ásia Menor, e deveria ser lido em voz alta nas reuniões exortando as igrejas da Ásia menor para que se mantivesse fieis ao Cristo que reina e governa sobre toda terra e céus, ainda que as situações pareçam catastróficas e fora de controle, elas não fogem ao domínio e senhorio absoluto do nosso Cristo.

Portanto, se por um lado a carta era uma mensagem que continha estímulos aos cristãos que estavam sob grande pressão, assegurando-lhes que os inimigos seriam destruídos e que no final, o Cristo, o Deus vencedor triunfaria. Por outro lado, a mensagem de Apocalipse desafia os cristãos a combater as sutis forças do mal, a vencer o pecado e a Satanás, se submetendo a Cristo e ao seu Senhorio.

Então quando lemos apocalipse percebemos que os seus primeiros capítulos são compostos por diversas cartas, dirigidas a essas sete igrejas reais e históricas nessas cidades que faziam partes da Ásia Menor.

Mas essas cartas transcendem o seu tempo e espaço e tornam-se modelos de cartas aos vários tipos de igrejas que existem em todas as épocas da história da igreja cristã. Elas de fato ilustram para nós o caráter de muitas igrejas em nossos dias, descrevendo também o modelo de igreja que Cristo deseja que sejamos.

A carta que lemos foi escrita à igreja de Laodicéia, uma carta diferente de todas as outras cartas, pois curiosamente essa igreja não recebe de Cristo elogios, nenhum se quer, era uma igreja orgulhosa e caracterizada pela indiferença. O conteúdo da carta dessa igreja é marcado então por pesadas palavras de condenação.

A cidade de Laodicéia foi fundada em 250 a.C. e era importante pela sua localização. Ficava no meio das grandes rotas comerciais. Era uma cidade rica e opulenta. Certamente era uma das mais ricas de todo mundo da época. Laodicéia era considerada o Centro bancário e financeiro de toda aquela região. Era um lugar de muitos milionários. Em 61 d.C., foi devastada por um terremoto e reconstruída sem aceitar ajuda do imperador. Os habitantes eram arrogantes de sua riqueza.

Mas, além disso Laodicéia era considerada também Centro de indústrias de tecidos em Laodicéia produzia-se uma lã de cor preta, famosa no mundo inteiro. A cidade estava orgulhosa da roupa que produzia.

Nela também um Centro médico de importância – Ali havia uma escola de medicina famosíssima. Fabricavam-se ali dois medicamentos quase milagrosos para os ouvidos e os olhos. O colírio era um dos medicamentos mais importante produzido na cidade.

E por ultimo a cidade era conhecida por ficar localizada em uma região composta por águas térmicas – A região era formada por três cidades: Colossos, Hierápolis e Laodicéia. Em Colossos ficavam as fontes de águas frias e em Hierápolis havia fonte de água quente, que em seu curso sobre o planalto da região tornava-se morna, e é nesta condição que essa água fluía dos rochedos fronteiros a Laodicéia. Tanto as águas quentes de Hierápolis, como as águas frias de Colossos eram terapêuticas, mas as águas mornas de Laodicéia eram, segundo algusn historiadores, intragáveis, impossíveis de serem tomadas.

Portanto, parece-nos que a igreja tinha a cara da cidade. Em vez de transformar a cidade, ela tinha se conformado à cidade. Laodicéia era a cidade da transigência e a igreja tornou-se também uma igreja transigente. Os crentes eram frouxos, sem entusiasmo, débeis de caráter, sempre prontos a comprometerem-se com o mundo, descuidados. Eles pensavam que eram pessoas boas e por isso estavam satisfeitos com sua vida espiritual.

E por ser uma realidade não muito distante da nossa, creio que esta carta nos ensina algumas verdades sobre a nossa própria espiritualidade, muitas vezes debilitante, anêmica, falida e distante do alvo de Deus para nós.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Unidade na Diversidade

Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua benção e a vida para sempre. Sl 133.

As palavras unidade, união, comunhão e os adjetivos relacionados, infelizmente com o passar do tempo têm sofrido um profundo desgaste no seu significado e por isso tem perdido forças quando utilizadas para expressar o ideal de Deus para Sua Igreja. Algumas pessoas chegam a duvidar da possibilidade de se construir na igreja de Cristo relacionamentos saudáveis, duráveis e verdadeiros; que possam ser edificados através de uma relação de amor, afeto, cuidado, santidade e interesses pelas necessidades uns dos outros. Essas pessoas são descrentes não somente em suas palavras, mas também em suas atitudes que desnudam o seu coração e mostra toda a sua desconfiança e todo o seu desinteresse em construir amizades que promovam a unidade, a paz e a comunhão da igreja do Senhor.

Apesar das varias razões e argumentos que tais pessoas usam para explicar e justificar a sua falta de comunhão na igreja e a deficiência na edificação de novos relacionamentos no ambiente cristão; alguns de seus motivos até explicam, porém jamais poderiam justificá-las. A timidez, a vergonha, a desconfiança, a amargura, o medo de ser traído na amizade, as diferenças culturais, sociais, ideológicas não podem servir de barreiras para a comunhão na igreja de Deus.

A comunhão, a unidade que devemos buscar na igreja de Cristo tem como objetivo não apenas um relacionamento harmonioso que promova a paz no ambiente da igreja, mas ela também serve para expressar a graça de Cristo derramada na igreja, serve de testemunho e proclamação do glorioso evangelho de Cristo. Antes de sua crucificação, em sua oração intercessora, o Senhor Jesus clamou ao Pai para que houvesse unidade entre os seus, e o modelo para essa unidadeera trinitário , da mesma forma que há um vinculo de amor profundo entre a trindade, que a faz unida, que o Pai também pudesse manter em unidade aqueles a quem lhes deu. Jo 17.20-23.

O salmo 133 é bastante propício para nos ensinar sobre relacionamento fraternal, apesar de suas muitas figuras ele descreve ricamente o propósito de Deus em relação a comunhão da igreja de Cristo. E verdadeiramente poucas coisas podem ser comparadas a beleza que tem uma igreja que vive em unidade, uma igreja onde há amor e compreensão e que apesar das muitas diferenças, ainda consegue manter unido os seus corações,e é claro que não haverá sempre um perfeito acordo, mas um perfeito amor que faz com que cada um considere o outro superior a si mesmo. Entendendo que suas opiniões e os seus sentimentos particulares nâo são os mais importantes e sim o sentimento de unidade, amor, compreensão, perdão e paz que deve permear o corpo de Cristo. Isso sim é importante.

Quando o Sumo sacerdote Arão foi consagrado para o serviço do Senhor ele foi ungido com um óleo bastante perfumado que escorreu sobre a sua cabeça, sua barba, sua roupa e até chegar aos seus pés e por onde ele passava fica a fragrância do seu perfume. Da mesma forma a unidade da igreja manifesta o bom perfume de Cristo para aqueles que não o conhecem.

Mas o salmista usa ainda outra figura para ilustrar a importância da unidade da igreja “é como o orvalho do Hermon que desce sobre os montes de Sião” as montanhas do Hermon regavam a sua volta com orvalho e com isso promoviam vida. O que o salmista esta dizendo é que todo mundo é abençoado quando há unidade, os importantes e os “menos importantes”, os grandes e os pequenos, desfrutam dos benefícios da unidade derramados por Deus sobre a igreja de Cristo. E a unidade mantém a igreja viva.

Não se esconda em seu gueto, abra-se para novos relacionamentos, aprenda a liberar perdão para aqueles que te magoam. Seja amável, cordato com as pessoas, promova a paz e a alegria no corpo de Cristo. Seja integro nas suas relações. Saiba que você também é responsável por cuidar de seu irmão e por integrar os novos convertidos na comunhão do corpo de Cristo. Cuidado com a língua, com a maledicência, com a fofoca, com a mentira, com a inveja e outras coisas que podem destruir ou desarmonizar os relacionamentos, mas busque a santidade em suas relações, o cuidado, o carinho cristão e o afeto.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Os Medos Que Assolam os Corações Daqueles Que Estão Morrendo.

  • O cristão é um ser que vive as mesmas agonias de todos os outros seres humanos, enfrenta os mesmos tipos de lutas de dores e emoções que os outros homens, porém o que o faz diferente é a esperança que têm em Cristo. As pessoas que conhecem a Cristo e o tem como seu Salvador quando se deparam com o vale da sombra da morte da angustia e dá dor encontram em Cristo paz, refúgio, socorro, conforto, ânimo, motivação, força e segurança, exatamente porque elas têm a certeza de que a realidade para aqueles que estão em Cristo é melhor no porvir do que no presente. Sendo assim, o viver é Cristo e o morrer é lucro.
  • Já a realidade para aqueles que não conhecem a Cristo salvadoramente é outra, os seus corações são marcados por um profundo senso de vazio, de temor, de angustia, de solidão, de incerteza, de medo, sem paz, sem esperança além da morte, sem certeza de vida eterna. Aqueles que não conhecem a Cristo têm o futuro como algo incerto e a única certeza que eles possuem são os medos que afligem o seu coração.
  • Antes de continuar creio que vale apena definir o que seria um paciente em estado terminal ou de morte iminente. Segundo Sancho, um paciente é considerado doente terminal quando ele enfrenta a “presença de uma enfermidade avançada, progressiva e incurável associada à falta de possibilidades razoáveis de resposta ao tratamento especifico”. É obvio que eu jamais negaria a capacidade soberana e sobrenatural do Deus que pode curar qualquer tipo de doença, basta ele desejar fazer, contudo a questão que esta sendo abordada aqui é dentro de uma perspectiva medica e psicológica.
  • A seguir os estágios que normalmente os doentes em estado terminal passam.
  • Medo da progressão da doença - Os doentes em situações de morte evidente têm medo da progressão da doença e da intensidade dos sofrimentos. É fato que algumas doenças tiram das pessoas o seu autocontrole fazendo com que ele evacue e urine na própria roupa e o doente perde a sua privacidade e a sua dignidade, pois precisa de outra pessoa para comer, beber, tomar banho e se vestir é natural que ele se sinta mal.
  • Medo da morte – É certo que esses pacientes também têm medo por que não sabem de fato como será o momento de passagem dessa vida para a outra vida. Vai sentir dor? Qual será sensação, sufocamento, esfriamento, ânsia, falta de ar, desespero, sono? Infelizmente as pessoas que morrem só o fazem uma vez e não voltam para contar como foi.
  • Medo da desumanização, ou seja, quem vai cuidar dele quando ele não mais conseguir se levantar da cama? De que maneira o farão? Será que não vai ser abandonado pelos familiares e amigos? Não será um fardo para o seus até a morte chegar?
  • Medo da reação da família diante de sua morte, medo da situação financeira que os seus ficarão após sua morte, medo de dizer adeus a quem ama, medo de deixá-los endividados com os gatos com medicamentos e enterro.
  • Medo por não saber o que o espera no porvir, eles não sabem exatamente o que acontecerá depois da sua morte. Existe de fato vida eterna? A morte é o fim de tudo? Existe reencarnação para pagamentos de seus pecados? Céu e inferno são realidades ou mitologia? E o purgatório é uma invenção católica romana ou seria um lugar definido para pagamentos do pecado?
  • Medo de ser julgado por Deus – O doente terminal não crente tem medo de ser julgado por Deus devido a sua vida terrena pregressa, exatamente porque viveu uscando os seus próprios prazeres sem se importar com os valores espirituais, morais e éticos, agora diante da evidente morte tem medo da justiça divina.
  • Segundo a Tanatologista Elizabeth Kubler-Ross uma pessoa que está no “processo de morrer” passa por vários estágios diferentes, até estar pronta para enfrentar a morte. Neste processo observamos duas coisas, a primeira é que os familiares normalmente passam pelos mesmos estágios dos enfermos, a segunda é que estes estágios necessariamente não acontecem na ordem em que está exposto abaixo e algumas vezes por breves momentos o doente pode voltar a um estágio anterior.
  • Fase da negação e Isolamento - A negação é uma defesa temporária, uma válvula de escape que amortece o impacto de uma má noticia recebida subitamente, para a qual a pessoa ainda não tem recursos para enfrentar. Os pacientes acreditam que seus exames foram trocados, que o diagnostico médico está incorreto ou até mesmo questionam a capacidade dos profissionais da saúde. Nesta fase o paciente tem o ouvido bem seletivo e ouve apenas o que deseja ouvir.
  • Fase da raiva – Quando percebem que sua doença é fatal e que realmente está doente, entra num estágio de raiva, revolta-se contra tudo e contra todos. Muitas vezes fica mais agressivo e desesperado, dirigindo o seu rancor muitas vezes contra Deus, pois Ele tem o controle de tudo, sendo, portanto dentro da sua concepção Deus é o culpado de sua doença. Muitas vezes dirige seu ódio a parentes próximos e etc.
  • • Fase da barganha – Sabendo que está condenado à morte devido a sua enfermidade apela para a barganha e faz um acordo consigo mesmo, com a morte e com Deus. Promete que se ficar vivo será melhor pai, melhor filho, melhor mãe, melhor cônjuge, mais religioso, amara mais o próximo, etc.
  • Frase da depressão – Este é o estágio mais longo e difícil para o doente e para os familiares. O doente pode ficar quieto num canto, enquanto sua mente é tomada por grandes preocupações, que nem sempre ele deseja compartilhar. Fica aflito com aqueles que vai ter que deixar e se culpa por não ter procurado um medico mais cedo e pelas coisas erradas que já fez.
  • Fase da aceitação – Finalmente o estágio de aceitação da morte, o agonizante aceita a situação, dispondo-se a enfrentar a morte com o desejo de experimentar a paz. Normalmente ele começa colocar em ordem os seus negócios, consertar seus relacionamentos quebrados, reconhecer os seus erros e se despedir de seus amigos e familiares.
  • • Fase da consciência distante – este é o ultimo estagio, agora já não há muita comunicação. O agonizante se fecha em um mundo todo seu que ninguém pode invadir. Seu olhar é distante e não reage mais a presença dos amigos, a coloração da pele normalmente muda e ele parece quase morto nesse momento, mais ainda não está morto. É obvio que nem medico nem ninguém pode dizer o dia da morte de outra pessoa, o que esta sendo colocado aqui tem em consideração a transitoriedade dos médicos e a limitação desses profissionais, humanos e falíveis.
  • É responsabilidade dá igreja pregar o evangelho de Cristo a aqueles que estão sofrendo em decorrência da enfermidade, exatamente para aliviar o seu sofrimento e dar a eles esperança e conforto em Cristo nas suas horas de agonia.

sábado, 12 de setembro de 2009

Consumismo na infância

Estou colocando um link de um video que fala do consumismo na infância... excelente.

Criança, a Alma do Negócio

Documentário de Estela Renner mostra os efeitos da publicidade no comportamento e nos valores das crianças. Filme foi feito em São Paulo com depoimentos de pais e filhos, além de entrevistas com especialistas da área. http://criancas.uol.com.br/ultnot/multi/2009/02/26/04023964D8A17326.jhtm?crianca-a-alma-do-negocio-04023964D8A17326

sábado, 5 de setembro de 2009

Uma igreja modelo evidencia a sua fé através de uma esperança viva no nosso redentor.

"Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura".

  • A operosidade da fé mostrou que os irmãos Tessalônicos eram eleito, um povo que se voltou dos ídolos para Deus. Um povo de amor abnegado que se tornou exemplo e modelo entre todos os crentes. E, além disso, era uma igreja entusiasmada que estava sempre pronta para viver o evangelho e compartilhar o evangelho. Eram firmes na esperança, eram crentes expectantes, que estavam ansiosos pelo retorno de Cristo.
  • Eles olhavam para a segunda vinda com expectativa. Sabendo que ela representa a consumação da nossa salvação e o livramento da ira vindoura. É provável que a perseguição e o sofrimento que sofriam por causa dá fé que professavam em Cristo, tenha contribuído para que esses irmãos buscassem conforto e consolo na expectativa e na esperança dos céus.
  • Quando adoravam aos ídolos não tinham esperança. Mas ao confiarem em Cristo passaram a ter uma viva esperança. As pessoas sem Cristo estão sem esperança no mundo, alienadas à vontade de Deus. Porém nós que estamos em Cristo temos também no Cristo que vive uma viva esperança.
  • Em Tessalônica havia muitos deuses, muitos ídolos. Eles abandonaram esses ídolos e se voltaram para o Deus vivo. Seus olhos foram abertos e eles viram que seus ídolos eram vãos.
  • A palavra aguardardes (1:10) significa “esperar alguém com felicidade, paciência, confiança e expectativa.” Isso significa que a pessoa salva precisa estar sempre preparada para a volta do Senhor Jesus. Quando aguardamos certo visitante já deixamos tudo preparado para a sua chegada.
  • Ilustração: Uma mulher grávida. Veja que ninguém em sã consciência diria: Será que este bebê vem mesmo? E se ele não quiser nascer. E se quiser morar pra sempre dentro da minha barriga. E claro que você não pensaria assim. Tão certo como respiramos é também a certeza da volta de Cristo. Saiba porem que aguardar envolve atividade e perseverança. Não estamos aguardando sinais. Estamos aguardando o Salvador. Estamos aguardando a redenção do nosso corpo. Estamos aguardando o recebimento de novos corpos para sermos como Ele é. Estamos aguardando a restauração da criação que geme esperando a Sua volta.
  • A expectativa da segunda vinda é um grande estímulo para evangelizarmos. É também conforto e consolo em tempo de sofrimento. É fonte para grande encorajamento e deveria servir como fonte de grande piedade.
  • Pois deveríamos saber que a volta de Cristo será também um dia de terror para aqueles que não estiverem preparados. Será um dia de trevas, de vingança santa do cordeiro contra os seus inimigos, será um dia de choro, será um dia em que o cordeiro manifestara toda à sua irá santa, será um dia punição para satanás, seus anjos e os homens que não se arrependeram de seus pecados. É triste quando as igrejas deixam de pregar, aguardar e viver a doutrina da segunda vinda de Cristo. Todos nos deveríamos ser esperançosos na volta de Cristo.
  • Você tem passado por dificuldade, por sofrimentos, por lutas, por dores, tribulações? Ore a Deus, apresente a Ele as suas necessidades. Mas se as sua oração não for respondida como você gostaria que fossem não perca a esperança, não perca o ânimo, confie no Senhor e saiba que em breve Ele voltará e trará consigo gozo, paz, alegria para os nossos corações.
  • Nesse dia para aqueles que amam a Cristo será dia de extrema alegria e felicidade, teremos dos nossos olhos todas as lagrimas enxugadas e todas as nossas feridas serão cicatrizadas. Por essas e muitas outras razões devemos ansiar a volta do nosso Cristo.
  • Agora se você não tem certeza de sua salvação, se você tem vivido na impiedade, distante do Senhor, mesmo vivendo dentro da igreja, saiba que esse dia será um dia catastrófico, um dia de trevas, um dia de dor, de juízo, de justiça, de ira santa, de destruição, de punição e castigo, um dia de terror para aqueles que viveram na impiedade. Que o Senhor Deus tenha misericórdia de sua vida, que livre você desse sofrimento eterno.