sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Não Jogue fora a sua vida.

Doralice era uma jovem de dezesseis anos, que ficou mais de seis meses internada no Hospital das Clinicas na cidade de São Paulo, sua internação se deu pelo fato dela ter ingerido Soda Cáustica numa tentativa desesperada de tirar a própria vida.

O Dr. Salomão Chaib foi o medico responsável pelo seu tratamento durante todo o tempo em que esteve internada. Várias cirurgias e complicações marcaram o período de sua internação. Porém após seis meses Doralice estava curada e recuperada, podendo então voltar às suas atividades diárias.

No entanto, dois dias após Doralice deixar o hospital o Dr. Salomão Chaib, recebeu um chamado urgente para ir ao pronto socorro do H.C.; Doralice se suicidara bebendo formicida. Por isso o Dr. Salomão escreveu: “Perdão, Doralice. Na verdade, eu estava cego. Preocupado com os males do corpo, esqueci seu espírito, mais doente ainda. Como pude descuidar-me das feridas da alma? Este é o eterno engano dos cirurgiões, que palpam tumores e não se lembram de que há um coração oculto vibrando em ânsia, sonhos e sofrimentos. (...) Em sua breve existência (...), veio ensinar a homens velhos e calejados que é inútil reparar o corpo sem lancetar também os abscessos da alma”.

Creio que Doralice é apenas um dos exemplos que podemos citar para ilustrar a realidade gritante dos dias atuais, onde muitas pessoas têm jogado fora a sua vida. Gente que não consegue responder à pergunta: De que vale a pena viver? O que importa na vida? Qual a razão da existência? Por quais idéias vale a pena viver e morrer? Será que a nossa vida se resume simplesmente nas lutas do dia-a-dia ou vai além?

A frustração maior para algumas pessoas é quando elas tentam encontrar respostas para essas e outras perguntas longe das Escrituras. Infelizmente elas ignoram o fato de que não podemos interpretar a vida e nem as circunstâncias sem relacioná-las com Deus. Portanto, somente aqueles que servem a Cristo verdadeiramente são os que têm disponíveis a razão maior que dá sentido a existência e que a torna digna de ser vivida.

O evangelicalismo moderno fala raramente a respeito da gloria de Deus e muito menos ainda sobre a realidade de que o homem deve viver para a glória de Deus. O evanglicalismo moderno procura enxergar tudo dentro de uma ótica apenas existencial e humanísta, negando em palavras e em atitudes o Deus que Reina Soberano. Esses “evangélicos” se esquecem que o cerne do evangelho não é simplesmente ganhar o direito de ir para o céu ao morrer. Mas o centro do todo o evangelho é o Deus glorioso, e a proclamação da salvação é a proclamação da glória desse Deus. Viver para glorificar esse Deus e desfrutar de sua presença deveria ser a nossa maior e única motivação.

Na glória de Cristo e no desfrutar da intimidade com Ele, encontramos razão para viver e força para dizermos não às paixões mundanas e pecaminosas. Jesus certo dia disse: “O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo”. É assim que Deus deve ser para nos, o nosso maior tesouro, o bem mais precioso, a jóia mais rara, a pedra mais gloriosa.

Deveríamos empenhar a nossa vida e tudo que temos e somos para buscar o conhecimento e a intimidade com esse Deus Maravilhoso, considerando-O como a fonte de onde procede a vida e a razão pela qual vale a pena viver. Em Cristo há abundância de alegria, felicidade plena, socorro certo, conforto garantido, paz completa, vida abundante, esperança verdadeira, amor real, perdão suficiente, vida eterna. Sem essa consciência não vivemos, mas jogamos fora a nossa vida.

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