quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Os Medos Que Assolam os Corações Daqueles Que Estão Morrendo.

  • O cristão é um ser que vive as mesmas agonias de todos os outros seres humanos, enfrenta os mesmos tipos de lutas de dores e emoções que os outros homens, porém o que o faz diferente é a esperança que têm em Cristo. As pessoas que conhecem a Cristo e o tem como seu Salvador quando se deparam com o vale da sombra da morte da angustia e dá dor encontram em Cristo paz, refúgio, socorro, conforto, ânimo, motivação, força e segurança, exatamente porque elas têm a certeza de que a realidade para aqueles que estão em Cristo é melhor no porvir do que no presente. Sendo assim, o viver é Cristo e o morrer é lucro.
  • Já a realidade para aqueles que não conhecem a Cristo salvadoramente é outra, os seus corações são marcados por um profundo senso de vazio, de temor, de angustia, de solidão, de incerteza, de medo, sem paz, sem esperança além da morte, sem certeza de vida eterna. Aqueles que não conhecem a Cristo têm o futuro como algo incerto e a única certeza que eles possuem são os medos que afligem o seu coração.
  • Antes de continuar creio que vale apena definir o que seria um paciente em estado terminal ou de morte iminente. Segundo Sancho, um paciente é considerado doente terminal quando ele enfrenta a “presença de uma enfermidade avançada, progressiva e incurável associada à falta de possibilidades razoáveis de resposta ao tratamento especifico”. É obvio que eu jamais negaria a capacidade soberana e sobrenatural do Deus que pode curar qualquer tipo de doença, basta ele desejar fazer, contudo a questão que esta sendo abordada aqui é dentro de uma perspectiva medica e psicológica.
  • A seguir os estágios que normalmente os doentes em estado terminal passam.
  • Medo da progressão da doença - Os doentes em situações de morte evidente têm medo da progressão da doença e da intensidade dos sofrimentos. É fato que algumas doenças tiram das pessoas o seu autocontrole fazendo com que ele evacue e urine na própria roupa e o doente perde a sua privacidade e a sua dignidade, pois precisa de outra pessoa para comer, beber, tomar banho e se vestir é natural que ele se sinta mal.
  • Medo da morte – É certo que esses pacientes também têm medo por que não sabem de fato como será o momento de passagem dessa vida para a outra vida. Vai sentir dor? Qual será sensação, sufocamento, esfriamento, ânsia, falta de ar, desespero, sono? Infelizmente as pessoas que morrem só o fazem uma vez e não voltam para contar como foi.
  • Medo da desumanização, ou seja, quem vai cuidar dele quando ele não mais conseguir se levantar da cama? De que maneira o farão? Será que não vai ser abandonado pelos familiares e amigos? Não será um fardo para o seus até a morte chegar?
  • Medo da reação da família diante de sua morte, medo da situação financeira que os seus ficarão após sua morte, medo de dizer adeus a quem ama, medo de deixá-los endividados com os gatos com medicamentos e enterro.
  • Medo por não saber o que o espera no porvir, eles não sabem exatamente o que acontecerá depois da sua morte. Existe de fato vida eterna? A morte é o fim de tudo? Existe reencarnação para pagamentos de seus pecados? Céu e inferno são realidades ou mitologia? E o purgatório é uma invenção católica romana ou seria um lugar definido para pagamentos do pecado?
  • Medo de ser julgado por Deus – O doente terminal não crente tem medo de ser julgado por Deus devido a sua vida terrena pregressa, exatamente porque viveu uscando os seus próprios prazeres sem se importar com os valores espirituais, morais e éticos, agora diante da evidente morte tem medo da justiça divina.
  • Segundo a Tanatologista Elizabeth Kubler-Ross uma pessoa que está no “processo de morrer” passa por vários estágios diferentes, até estar pronta para enfrentar a morte. Neste processo observamos duas coisas, a primeira é que os familiares normalmente passam pelos mesmos estágios dos enfermos, a segunda é que estes estágios necessariamente não acontecem na ordem em que está exposto abaixo e algumas vezes por breves momentos o doente pode voltar a um estágio anterior.
  • Fase da negação e Isolamento - A negação é uma defesa temporária, uma válvula de escape que amortece o impacto de uma má noticia recebida subitamente, para a qual a pessoa ainda não tem recursos para enfrentar. Os pacientes acreditam que seus exames foram trocados, que o diagnostico médico está incorreto ou até mesmo questionam a capacidade dos profissionais da saúde. Nesta fase o paciente tem o ouvido bem seletivo e ouve apenas o que deseja ouvir.
  • Fase da raiva – Quando percebem que sua doença é fatal e que realmente está doente, entra num estágio de raiva, revolta-se contra tudo e contra todos. Muitas vezes fica mais agressivo e desesperado, dirigindo o seu rancor muitas vezes contra Deus, pois Ele tem o controle de tudo, sendo, portanto dentro da sua concepção Deus é o culpado de sua doença. Muitas vezes dirige seu ódio a parentes próximos e etc.
  • • Fase da barganha – Sabendo que está condenado à morte devido a sua enfermidade apela para a barganha e faz um acordo consigo mesmo, com a morte e com Deus. Promete que se ficar vivo será melhor pai, melhor filho, melhor mãe, melhor cônjuge, mais religioso, amara mais o próximo, etc.
  • Frase da depressão – Este é o estágio mais longo e difícil para o doente e para os familiares. O doente pode ficar quieto num canto, enquanto sua mente é tomada por grandes preocupações, que nem sempre ele deseja compartilhar. Fica aflito com aqueles que vai ter que deixar e se culpa por não ter procurado um medico mais cedo e pelas coisas erradas que já fez.
  • Fase da aceitação – Finalmente o estágio de aceitação da morte, o agonizante aceita a situação, dispondo-se a enfrentar a morte com o desejo de experimentar a paz. Normalmente ele começa colocar em ordem os seus negócios, consertar seus relacionamentos quebrados, reconhecer os seus erros e se despedir de seus amigos e familiares.
  • • Fase da consciência distante – este é o ultimo estagio, agora já não há muita comunicação. O agonizante se fecha em um mundo todo seu que ninguém pode invadir. Seu olhar é distante e não reage mais a presença dos amigos, a coloração da pele normalmente muda e ele parece quase morto nesse momento, mais ainda não está morto. É obvio que nem medico nem ninguém pode dizer o dia da morte de outra pessoa, o que esta sendo colocado aqui tem em consideração a transitoriedade dos médicos e a limitação desses profissionais, humanos e falíveis.
  • É responsabilidade dá igreja pregar o evangelho de Cristo a aqueles que estão sofrendo em decorrência da enfermidade, exatamente para aliviar o seu sofrimento e dar a eles esperança e conforto em Cristo nas suas horas de agonia.

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