Um dia desses fui comprar uma caixinha de som para o meu computador e solicitei ao vendedor que o equipamento fosse testado para conferir a qualidade do produto; Imediatamente fui informado que a loja não disponibilizava de um computador para colocar a caixinha em funcionamento. Por alguns instantes fiquei pensando se compraria ou não as caixinhas sem antes testá-las. Ao perceber que sou do tipo “cliente chato” que não desiste fácil, o vendedor resolveu testá-las, provavelmente, para que eu fosse embora o mais rápido possível.
Nesse instante ele tranquilamente retirou de dentro do balcão um Notebook que já estava ligado para fazer o teste. Indignado com este comportamento, perguntei se ele não ficava envergonhado de mentir para o cliente falando que não tinha um computador para testar o equipamento, sendo que havia um computador escondido no balcão. Bem que ele tentou se justificar, mas sem sucesso não me convenceu.
Porém minha surpresa foi maior ainda ao vê-lo colocar uma musica da Aline Barros para fazer o teste, para aqueles que não conhecem, Aline é uma dessas cantoras “pop” do meio gospel. Ao ouvir a musica, indaguei se ele era evangélico. Para minha vergonha, neste caso vergonha alheia, ele disse que sim e falou o nome da igreja a qual pertencia.
Comportamentos como este talvez responda a razão que faz uma multidão de mais de 40 milhões de evangélicos ser praticamente imperceptível no meio da cultura brasileira. A verdade é que essas mudanças que gostaríamos de ver na cultura também não existem na vida da maioria desses “cristãos evangélicos”, por essa razão as influências espirituais, morais e éticas causadas por eles são nenhuma ou insignificantes.
Infelizmente, a participação dessa geração “gospel” na sociedade tem sido muito mais nefasta do que benéfica para o cristianismo; pois as mesmas pessoas que se dizem servas de Cristo, também convivem intimamente com o pecado sem nenhum constrangimento. Andam de mãos dadas com a perversidade e não se arrependem.
Pessoas que afirmam amar a Cristo, contudo, não são capazes de lutar contra as inclinações pecaminosas dos seus próprios corações demonstrando na pratica a veracidade e a dimensão desse amor que sentem pelo Salvador. Sê denominam evangélicas, mas continuam sendo desleais, desonestas, ladronas, adúlteras, mentirosas, praticantes de todo tipo de imoralidade própria daqueles que ainda não nasceram de novo. Em tais pessoas o pecado não produz nenhum tipo de tristeza ou vergonha e o evangelho crido é qualquer coisa, menos o evangelho de Cristo, que trás arrependimento e da mudança de vida.
Uma geração não muito diferente do povo que viveu nos dias do profeta Isaias “este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu”. Is.29.13.
Essas pessoas querem Cristo, mas não querem renunciar a vida por causa dEle. Elas não estão dispostas a se dobrarem diante das Escrituras, lutando contra a inclinação da carne para pecarem hoje menos do que pecaram ontem. Precisamos lembrar das Palavras de Cristo descritas no evangelho de João “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele”. Jo.14.21.
Fomos chamados por Deus em Cristo para sermos cada dia mais semelhante a Ele. “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. 2 Co 3:18
Quero concluir ressaltando que a nossa adoração a Cristo precisa ser além das palavras. E o nosso Cristianismo necessita ser em todos os aspectos melhor do que o cristianismo vivido por esta geração religiosa, mas de coração duro e longe de Cristo.
3 comentários:
- É muito dificil ver que pessoas que se dizem de Cristo continuam tendo os mesmos costumes imorais que viviam antes de "se converterem". Nenhuma diferença há entre uma pequena mentira ou um adulterio.O pior é a imagem que essas pessoas transmitem ... algo muito distante de verdadeiros servor de Cristo, e é por isso que os Cristão são tão mal vistos... por conta de uns e outros que acham que servir ao Pai é só viver de aparencia.Enfim!Gosto muito do que leio aqui... é sempre edificante!Abraços e que a paz do Nosso Senhor sempre esteja contigo!Boa semana...
Gosto mto daquela música "Ainda existe uma Cruz" da Ana Paula Valadão. Não se preocupe, não sou fã dela, nem concordo com todas as letras de suas músicas. Dentro do contexto de que o preço a ser pago não é para a salvação, mas sim, sua conseqüência, gosto mto de cantar essa música, nesse tempo do evangelho fácil e terreno.
Agora.... MEU BLOG TÁ BOMBANDO!!!!kkkkkkkkkkkkkkk
Dê uma olhada nos comentários do post da Carta do Rev. Ageu....rsrsrsrsrsrs
hehe... Eu também gosto de algumas músicas da Ana Paula, e sinceramente não tenho vergonha de reconhecer que ela é uma mulher crente, uma execelente compositora, tem otimas melodias, apesar de decepcionar com ela pelas ultimas posturas.
E concordo com vc que é profundamente Biblica a idéia detomarmos a nossa cruz dia, ou seja, morrermos para nós mesmos.
abraço
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