sexta-feira, 22 de maio de 2009

Onde Está Deus Em Nossa Dor?

  • “À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Mc. 15.34.
  • “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade”.
  • Quem na vida nunca sofreu? Quem nunca se sentiu desamparado ao passar pelo sofrimento? Quem nunca teve a sensação de que Deus estava distante quando mais precisou dEle? Eu creio que muito de nós, se não todos, em algumas ocasiões de nossa existência já nos sentimos assim. Há momentos na vida que nos sentimos sem forças, sem energia física até mesmo para sair da cama de manhã, não temos motivação para fazer nada. Nossa dor e nosso pesar são tão grandes que ficamos incapazes de nos concentrar em qualquer coisa. Não temos disposição para orar, menos ainda para ler a Bíblia. Deus parece tão distante e sem amor. Tão frio e impessoal. Sem falar que nossa mente em momentos assim é bombardeada por perguntas que questionam a bondade e os propósitos de Deus na nossa vida.
  • É claro que sabemos que em situações assim, devemos "olhar para Cristo", "confiar em suas promessas", "devemos buscar a palavra e orar" "ter comunhão com a igreja" e sair do "estado de abatimento e buscar alegria em Deus", sabemos que isso é adequado, mas a verdade é que muitas vezes estamos tão desanimados e o nosso coração tão sufocado pela dor e pela tristeza que tudo isso nos parece vazio e inútil. Os amigos nem sempre estão interessados em nos ajudar, e às vezes nem podem. Aqueles que amamos nem sempre nos apóiam. Então nos sentimos sem chão. Sozinhos e angustiados. Sem esperança e desanimados. Mas o que fazer quando passarmos por momentos assim? O que poderá trazer alento ao nosso coração em situações assim? Creio que deveríamos trazer a memória o que pode de fato nos dar esperança.
  • O texto citado acima retrata o sofrimento e o desamparo que Cristo sofreu no momento de sua morte. A verdade e que ele se sentiu sozinho desde a noite em que foi traído. Pois nesta fatídica noite Ele foi ao Getsêmani para orar e levou Pedro, Tiago e João consigo para que orassem com ele e o confortassem, pois Ele lhes dissera: "A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo". Mt 26.38.
  • Observe que Jesus, o Cristo encarnado, estava cheio de tristeza e sua tristeza era tão profunda que parecia a morte. Ele era homem de dores e sabia o que era padecer. Seus amigos, aqueles com quem ele andou três anos, o abandonaram no momento em que ele mais precisou, adormecendo quando deveriam vigiar e negando-o quando deveriam permanecer ao seu lado. Ele foi deixado sozinho para enfrentar a dor e o sofrimento. Sua agonia foi tão intensa e grave que seu suor se tornou em gostas de sangue caindo sobre a terra.
  • Mas observe que no texto de Hebreus citado acima, o autor diz que Cristo ofereceu forte clamor e lágrimas, orações e suplicas a aquele que poderia livrá-lo. E que Ele foi ouvido em suas suplicas, contudo, apesar de ser ouvido, morreu. Deus ouviu suas orações, porém, em vez de salvá-lo da dor e da morte, escolheu que Jesus caminhasse pela estrada do sofrimento, de modo que pudesse receber a alegria maior ao ver os frutos de seu penoso trabalho. Cristo pediu ao pai que se possível lhe passasse o cálice, mas resignou-se a fazer a vontade de seu pai, ainda que isso lhe custasse à vida, e sofresse duplamente a mais terrível das mortes. Pois foi uma morte de cruz, e foi uma morte em que carregou sobre si substitutivamente a irá de Deus por todo o seu povo.
  • Porque a profundidade da dor de Cristo é significativa para nós? Porque "não temos sumo sacerdote que não possa se compadecer das nossas fraquezas, mas um que foi tentado em todas as coisas e à nossa semelhança, mas sem pecado". Hb 4.15. Em meio à dor, podemos sentir-nos sozinhos e acreditar que ninguém sofre tanto quanto nos sofremos. Porem, isso não é verdade. Jesus Cristo sentiu tal dor.
  • Na realidade, ele sentiu uma dor tal que nos teria aniquilado. Ele é capaz de se condoer e se compadecer de nossas misérias. “Por essa razão acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”. Hb. 4.16.
  • Espero que você entenda que o sofrimento na vida do crente é normal. E que Jesus sabe o quanto dói. Não precisamos sentir vergonha de sentir dor em nosso sofrimento. Precisamos saber que apesar do nosso sofrimento Deus continuava reinando. Deus continuava no trono. “Descansa, ó alma, eis o Senhor ao lado”. Em tempo de dor Saiba que Deus está ao Seu lado. Saiba que Ele não desampara os seus filhos. Saiba que Ele não nega as suas promessas, que se interessa por vocês e pelas as suas dores. Descanse nEle. Confie nEle. Busque a Ele. Creia nEle. Sinta-se seguro nEle. Independente da dor Louve a Ele. Deus jamais desampara aqueles que estão em Cristo e que confiam nEle.

domingo, 17 de maio de 2009

Porque aconselhamento Biblico e não psicologia ??

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  • O aconselhamento Bíblico procura corrigir biblicamente as distorções e motivações erradas do comportamento humano em relação a Deus, ao próximo e a si mesmo. A superioridade e eficácia do aconselhamento Bíblico esta visão correta que ele tem sobre Deus, sobre a Bíblia, sobre o homem e a criação em geral. Diante disso, o aconselhamento Bíblico desafia o homem a desenvolver uma espiritualidade, uma ética e uma moralidade centrada em Deus. Este artigo ressalta algumas verdades sobre o aconselhamento Bíblico.
  • 1 - O aconselhamento Bíblico tem como Alvo a Gloria de Deus. O aconselhamento Bíblico tem como propósito primário glorificar a Deus. Ele atinge o seu objetivo, quando o aconselhado aprende a ganhar a sua vida, se gloriando somente na Cruz de Cristo, o único lugar de realização completa, de prazer pleno, de alegria contagiante e consolo profundo para o coração. Sobre isso, Jonh Piper diz: A vida é desperdiçada se não captamos a gloria da cruz, se não a valorizarmos pelo tesouro que é, e se não nos apegamos a ela como o preço mais alto de cada prazer e consolo mais profundo em cada dor. (...) desperdiço trágico é quando as pessoas se voltam da estrada do Calvário de amor e sofrimento. Todas as riquezas da glória de Deus em Cristo estão naquela estrada. Toda comunhão mais doce em Jesus está lá. Todos os tesouros da segurança. Todos os enlevos da alegria. Todos os vislumbres mais claros da eternidade. Toda a camaradagem mais nobre. Todos os afetos mais humildes. Todos os atos mais ternos de bondade perdoadora. Todas as descobertas mais profundas da palavra de Deus. Todas as orações mais sinceras. Estão todas na estrada do Calvário onde Jesus caminha com seu povo. Tome sua cruz e siga Jesus. Nesta estrada, só nessa estrada, a vida é Cristo e a morte é ganho. A vida em todas as outras estradas é jogada fora. O aconselhamento Bíblico tem seu nascedouro em Deus e direciona tudo para a gloria de Deus. O aconselhamento bíblico tem como fundamento o Deus soberano, criador e sustentador do universo, a obra redentiva de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o maravilhoso conselheiro, e a ação santificadora do Espírito Santo. Deus se manifesta no aconselhamento Bíblico por uma exposição correta das Escrituras, que nos fornece direções preciosas para entendermos questões que envolvem a natureza humana, seus problemas fundamentais e soluções eficazes que conduz a mudanças reais que glorificam a Deus.

  • 2. O Aconselhamento Bíblico é Fundamentado na Bíblia. A Bíblia não só deve ser usada para nortear o aconselhamento, como ela deve ser a base sobre a qual o aconselhamento deve se apoiar. Ou seja, o aconselhamento Bíblico se fundamenta na suficiência das escrituras para lidar com as questões que envolvem a natureza humana. A revelação de Deus registrada pelos profetas e apóstolos na Escritura Sagrada é suficiente para o aconselhamento, pois ela provê orientações e princípios necessários para a compreensão e correção dos processos mentais, das emoções e do comportamento, conforme a vontade de Deus. Para o conselheiro Bíblico a Bíblia é a única regra de fé e pratica, ela é suficiente para salvar e proporcionar ao homem tudo que é necessário para sua existência. O aconselhamento Bíblico procura tratar todas as situações que envolvem a vida do homem, conforme as Escrituras.

  • 3. O aconselhamento Bíblico entende que o pecado é a causa do problema-básico do homem O problema principal do homem é o pecado. Este também é o problema principal que o aconselhamento Bíblico tem que tratar. Ou seja, tem como prioridade no tratamento, não a satisfação das necessidades psicológicas do individuo, os distúrbios sociais, a deficiência na educação, problemas pessoais de temperamento, predisposições genéticas ou outros fatores que são conseqüência, e não causa do mal-estar que aflige o coração do homem. O aconselhamento Bíblico lida com o pecado, causado ou sofrido, pessoal ou coletivo, reinante ou remanescente, em outras palavras, o aconselhamento bíblico lida com o pecado em suas diversas manifestações.

  • 4. O Aconselhamento Bíblico tem Propósito Redentivo. Se o maior problema do homem é o pecado, com certeza sua maior necessidade é a libertação, a cura, a redenção, a salvação do mesmo, que só pode ser encontrado em Cristo Jesus. Somente o Cristo glorioso, aquele que é Senhor, que se entregou para nascer, sofrer e morrer em lugar do homem pode não só perdoar os pecados dos homens, como também é o único capaz de fornecer forças e condições para que o homem, agora perdoado, possa lidar com os efeitos do pecado em sua vida. Faz necessário dizer que a conversão é o inicio dessa mudança, um processo irreversível de molda a pessoa dia-dia a imagem e semelhança de Cristo. Esta mudança é progressiva e acontece durante toda vida terra do salvos em Cristo, e só terminará no céu, quando não mais seremos assediados pelo pecado, mas estaremos completamente livres dele e dos seus efeitos. O aconselhamento Bíblico diferentemente do aconselhamento psicológico acredita que o homem é feito à imagem e semelhança de Deus, e mesmo após a queda ele continua trazendo em si esta imagem. E em Cristo ele tem novamente a imagem restaurada. Por isso, o aconselhamento procura trazer esperança para o homem a luz das Escrituras.

  • 5. O Aconselhamento Bíblico Produz Esperança Verdadeira. Todo aconselhado necessita de esperança para mudar, no entanto, somente as Escrituras podem gerar Esperança verdadeira no coração do homem. Qualquer outro tipo de esperança oferecida ao homem, que não é fundamentadanas Escrituras e falsa.

  • 6. O Aconselhamento Bíblico Acredita na Mudança Completada do Coração Humano Não podemos negar que há muitas dificuldades no processo de mudanças, no entanto, cremos que em Cristo este processo se torna realidade. E vai além da presente era, mas tem implicações eternas. Afirmamos neste trabalho a superioridade do Aconselhamento Bíblico em relação aos outros modelos de aconselhamento. A capacidade e a suficiência da Bíblia para trazer consolo restauração e transformação para o coração do pecado que buscar nela refúgio.