Um fato indiscutível na vida é a morte. Morrer é parte integral da vida, tão natural e previsível como nascer. Mas, enquanto o nascimento é motivo de comemoração, a morte transforma-se num terrível e inexplicável assunto a ser evitado de todas as maneiras na sociedade moderna. Talvez ela nos lembre a vulnerabilidade humana, que com todos os avanços tecnológicos, pode apenas retardá-la, mas não pode escapar dela. Quem sabe também ela nos lembre a vida, ou melhor, a maneira como vivemos, o que muitas vezes pode causar terror aos corações, porque todos os homens sabem que a morte é o inicio de uma prestação de contas com o criador e não há como fugir dessa realidade. A morte não tem sentimentos, é fria, e não se compadece de ninguém, golpeia indiscriminadamente, sem se importar com o status, nem raça daqueles a quem escolhe, todos devem morrer, ricos e pobres, famosos e desconhecidos, jovens ou velhos, bons ou maus. Não escaparemos da morte a não ser que o Senhor Jesus Cristo volte enquanto estivermos vivos.
No entanto, quando se discute a morte nos círculos cristãos, ela é normalmente, mencionada em termos teológico, explico, falamos quase sempre sobre o estarmos mortos para o pecado e vivos espiritualmente. Muito pouco se discute a respeito da responsabilidade do cristão durante o processo de morte física. Embora ficar doente a ponto de morrer seja traumatizante, nós cristão temos a responsabilidade de glorificar a Deus até o fim. Quando falo em morrer para gloria de Deus, não pretendo enfeitar a morte. De modo algum. Ela é uma das conseqüências do pecado que herdamos de Adão. Morrer para gloria de Deus significa que mesmo diante da morte, o cristão pode de todas as maneiras possíveis, glorificar a Deus, amando-o e servindo-o e amando e servindo o seu próximo até o ultimo momento. (Mc. 12.30,31). Quando o cristão compreende que o fim principal de sua vida é amar e glorificar a Deus, desfrutando intensamente de sua presença, e amar e servir o próximo através da pratica do bem, a morte pode ser uma fonte gloriosa de esperança. Saber que podemos glorificar a Deus e servir a outros mesmo diante de nossa maior fraqueza e imensa fragilidade, ajuda a estabelecer um propósito às aflições associadas com a morte.
Mas quais são os caminhos que nos ajudam a glorificar a Deus quando estamos em um leito de morte? Por exemplo, em seu leito de morte um avô pode esforçar-se para falar amorosamente sobre o Evangelho a um neto que não é cristão. Pode desafiar gentilmente a uma mulher cristã vacilante para perseverar em sua fidelidade a Deus. Pode glorificar a Deus pedindo que alguém leia um salmo ou cante um hino para ele. Pode servir a Deus glorificando-o mediante a confiança explicita nEle, certo de que Ele irá ajudá-lo até o fim, o que também servirá de testemunho para outras pessoas. Nosso exemplo supremo de vida e morte é o Senhor Jesus. Ele amou a Deus e o honrou, fazendo a sua vontade, clamando-O no momento de sua aflição, entregando o seu espírito a Ele e cumprindo a Sua Palavra até o fim. Igualmente, amou aos homens e os serviu, através de um sacrifício perfeito que mostrou misericórdia, perdoando e salvando um ladrão na cruz, demonstrando amor e cuidado por sua mãe até o ultimo momento.
r se preocuparam com a gloria de Deus e com o seu próximo. Gênesis 49 e 50, fala sobre a morte de Jacó, Dt 33 e 34 da morte de Moisés; Js 23 e 24 da morte de Josué; Atos 7.54-60, da Morte de Estevão e Hebreus 11 faz um resumo da morte de muitos servos do Senhor que viveram e morreram glorificando a Deus, amando e servindo ao próximo.
Quando se trata em morrer para a glória de Deus, chegamos às seguintes conclusões: 1º) Só podem morrer para gloria de Deus e glorificá-lo até o fim, aqueles que sabem viver para a glória dEle. 2º) Se para aqueles que não conhecem experiencialmente a Cristo a morte é uma verdadeira inimiga, para nos que o conhecemos a morte é uma amiga que nos conduz à plenitude de nossa vitória nEle. Pois da mesma forma que os mortos são homenageados pelos vivos, recebendo uma coroa de flores como reconhecimento de que foram vencedores durante a vida, nós após a morte receberemos de Cristo a coroa da vida eterna, herança de Sua vitória na cruz do calvário. Vivemos para gloria de Cristo e morremos para estar com Ele em sua glória. Logo, para aqueles que estão em Cristo o morrer é lucro. Mas somente para os que estão em Cristo, caso contrário é prejuízo. Tg 1.12; 2 Tm 4.6-8. 3º) Até mesmo diante da morte o Cristão tem a responsabilidade de confiar em Deus e esperar a paz que Ele concede, pois nunca estamos sozinhos, nem mesmo na morte. Somos sempre do Senhor e Ele está conosco até o fim. Rm 14.7,8.
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